Descrição: A rocha 36 da Ribeira de Piscos é um afloramento de xisto que se encontra desaparecido depois do seu avistamento inicial, e a única informação concreta sobre o seu paradeiro é que se localiza na encosta da margem esquerda do rio Côa a jusante da foz da ribeira de Piscos. As fotografias existentes mostram que se trata de um pequeno afloramento de disposição horizontal ao nível do solo. Esta encosta sobre o Côa, algo inusualmente na região, tem uma enorme quantidade de afloramentos similares, e a disposição e pequena dimensão desta rocha, junto com o seu estado fracturado, tornam-na difícil de encontrar, sendo possível que possa estar oculta por sedimentos ou mesmo destruída por fracturação e escorrimento pela encosta. Tendo em conta que as rochas 34 e 35 têm gravuras da mesma cronologia, é possível que a sua localização não esteja longe.
Através das fotografias existentes é possível observar parte da sua decoração. Esta foi toda realizada por gravação, com recurso à técnica da incisão, e pertence à Idade do Ferro. Consiste em pelo menos dois quadrúpedes indeterminados.
Origem/Historial: A rocha 36 da Ribeira de Piscos foi primeiramente avistada e sumariamente fotografada em 1995, durante a agitação e confusão que caracterizou esse ano da polémica do Côa. Depois deste avistamento inicial não mais foi vista, e nunca mais se conseguiu fazer a sua relocalização. Em Outubro de 2011, com a informação fornecida pelas fotografias existentes e na sequência da descoberta das rochas 34 e 35, com a mesma cronologia e localizadas na mesma zona do sítio, incluiu-se esta rocha no inventário da arte do Côa. Desde essa altura foram feitas algumas tentativas para a relocalizar, na encosta sobre o Côa a jusante da foz da ribeira de Piscos, até ao momento infrutíferas.